Acabou de acabar mais um Fla-Flu. Se eu sempre procurei ficar à margem de discussões calorosas – por julgá-las demasiado infantis, hoje com o advento das redes sociais, elas surgem em minha tela e se impõem na minha extensa lista de coisas a ler.
Surpreende-me a bateria de estereótipos: “flamenguistas mulambada”, “o Florminense time de viado”, só pra manter a coisa simples e num nível aceitável. Não questiono o uso de palavrão não. Uso-os fartamente e creio que futebol e palavrão combinam que nem pipoca e guaraná. Mas queixo-me do festival de preconceitos destilados pelas vozes e dedos de gente (em teoria) inteligente.
Conheço tricolores pobres, conheço flamenguistas gays. Há provocações saudáveis que são inerentes ao futebol e estas são bem-vindas, mas o que tenho visto é uma infinidade de fanáticos preconceituosos e burros que carregam a paixão cega por um time em detrimento da admiração pelo esporte.